
"Mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo..."
Essa frase, ouviida em uma tarde na voz de Renato Russo me fez remontar à infância. Aquela em que a gente fala um bocado de coisas sem medo de ser corrigido e volta pra casa já de tardeziinha depois de uma boa tarde de traquinagens, corre-corre, pula-pula, e é, claro a velha roupa suja e a cara mais preta e alegre do mundo. As prováveis chamadas de atenção por ter voltado mais tarde não preocupam e nem chateiam diante da rescendente fisionomia de dever cumprido estampado na cara do meliante (criança feliz).
Me dei conta de que a velha afirmação de que o homem nunca está satisfeito encontra aplicação super prátiica em nossas viidas desde a infância. Quando somos crianças admiramos a viida dos adultos e briincamos imitando o mundo deles. O admirável mundo novo parece tão bom... Poder dirigir, cuidar de casa, usar roupas de adulto, coziinhar, ensinar... tudo parece uma maraviilha! Mamãe sempre me dizia que a melhor fase de nossas vidas é a infância. Preocupações? Onde? Contas, trabalhos? Não, não... só de brincadeira... A gente briiga e faz as pazes. Chama pra brincar e compartilha os brinquedos. Interesses? A companhia do coleguiinha basta. O simples fato de ele estar disposto a correr, pular ,dançar e gastar a bateria contigo já vale um bocado...Utopia? Não. É a infância!
Interpretar um tom de voz é a coisa mais fácil p/ um pinguiinho de gente.Um olhar, então... Uma criança não se zanga por que você não tem dinheiro, ou não usa roupas de grife. Mas deixe de dar atenção a ela e veja o berreiro... À medida em que se cresce essa sabedoria nata vai se diluindo e em casos críticos alcança concentrações mínimas.
A moda hoje é pular etapas. O que você diz de meia infância por um pouco de adolêscência precocemente forjada e de quebra uma vida adulta antecipada? hUm... creio que um saldo nada posiitivo. Chata e triste constatação atual. Quando essa passagem é mais gradual ocorre também de crescermos e nos deixamos embeber pelo cálice do conhecimento adquiriido. Sabedoriia zero. Um bocado de informações e só. Mas o mundo absorve isso, né?!As coisas não são mais brincadeiira. Que saudade dos coleguiinhas e das brincadeiras de rua... Aquela velha frase Eu era feliz e não sabiia comeeça a piscar dizendo que tem veez aí. Pior que ela tem mesmo!
Por isso, é sempre bom arranjar uma trégua da viida adulta que se instala e de vez em quando BRINCAR, PULAR, DANÇAR, TAGARELAR e SORRIR. Tudo isso sem remorsos!
VIVA la infânciia!
Poxa Jéssica, esse teu post me deu uma nostalgia...
ResponderExcluirMas o pior que é verdade, esse nosso pular de etapas nos faz perder a consciência do quanto é importante aproveitar cada fase da vida.
Até!
Não deixa de ser nostálgiico mesmo, Mary. O lance é saber aproveiitar bem essa fase e.. de vez em quando revisitá-la c/ consciência, claro!
ResponderExcluirbjo. Volte sempre!
É isso aí. A gente, com o tempo, perde um pouco daquela nossa inocência de falar tudo o que pensa e de se contentar com pouco, ou pelo menos o necessário, para sermos "contaminados" pela hipocrisia que sempre existe quando se vive em sociedade, principalmente uma como a nossa.
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