O cabelo comprido e a aparência em nada desleixada daquele arranjo masculino pouco comum atraía olhares da borboleta do ônibus ao degrau da descida. Era contradição a figura tão masculina com aqueles cabelos... Era contradição, era o que os olhos - aqueles todos que permaneciam no ônibus ocupando aquelas cadeiras e disputando lugares para por as mãos e se apoiar- gritavam e cochichavam entre si. Todos aqueles olhares reconheciam a similaridade e a sincronia compartilhada entre eles e aqueles outros olhares indiferentes à situação, que não se viam na “vibe” daqueles julgamentos, eram questionados por eles, indagados e quase obrigados a aceitar a sentença que se fazia... . Sobrancelhas assumiam tom de cumplicidade. Sobrancelhas que provavelmente nunca antes haviam se cruzado... O rapaz que era o motivo daquelas conversas silenciosas se escondeu por trás das lentes de óculos que trazia ao rosto. A visão daquele engarrafamento era mais cômoda que a cena daquele julgamento quase unânime dentro do coletivo. Quanta repercussão!
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Bem escrito, mas não entendi mesmo, sinceramente.
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Beijinhos,
Mariany Carvalho
É sobre um episódio que aconteceu no ônibus. Um rapaz que estava sentado, tinha o cabelo comprido amarrado apenas metade no estilo rabo de cavalo. Chamou atenção e quase todos os olhares do ônibus se comunicavam sobre isso. Preconceito, na verdade.
ResponderExcluirRealmente ficou meio confuso. Li depois e arranjei melhor a estrutura. Vleu pelo toc. :)
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